
Foram mais de 25 dias longe daqui…
E não foi por falta de vontade ou inspiração. Foi a vida. Foi o corpo gritando, o coração apertado e a alma em estado de alerta. Foram dias intensos — daqueles que a gente sente que está vivendo no automático, correndo de um lado para o outro, apenas tentando manter tudo de pé.
Logo no início dessa tempestade, minha bebê precisou ser internada. Quatro dias no hospital. Quatro noites sofridas, buscando forças que nem sei de onde vieram.
A alta veio como um alívio, mas mal sabia eu que o turbilhão estava apenas começando.
Quando a Dor se Multiplica
No mesmo dia que saímos do hospital, fui surpreendida por uma gripe fortíssima. Minha mãe também adoeceu. O corpo doía, o cansaço pesava, mas era preciso seguir. Só que, em meio a tudo isso, veio o pior: meu pai começou a definhar silenciosamente.
Ele, que sempre foi tão forte, começou a demonstrar sinais sutis de que algo não estava bem. Não demorou muito até sermos surpreendidos com o diagnóstico: pneumonia silenciosa e infecção. Foram 8 dias de internação, idas e vindas entre o Hospital da Unimar, farmácias e orações silenciosas no meio da madrugada.
Uma Vida em Modo Sobrevivência
Eu não era mais CEO, mãe, filha, esposa…
Eu era acompanhante de hospital. Enfermeira improvisada. Piloto automático.
Foram dias que exigiram tudo de mim. Dormir em hospital, correr para comprar medicamentos, monitorar sinais, lidar com o medo constante…
Mas Deus…
Ah, Deus esteve em cada detalhe. Nas pequenas melhoras, nas respostas dos exames, na força que eu nem sabia que tinha.
Gratidão e Recomeço
Hoje, escrevo esse texto com o coração mais leve. Ainda me recuperando da exaustão, ainda com muita coisa para reorganizar, mas com uma certeza: vencemos.
Minha bebê está bem. Minha mãe se recuperou. Meu pai voltou para casa.
E eu? Eu reapareci.
Mais madura. Mais consciente do que realmente importa. Mais conectada com a minha essência. Porque, no final das contas, esse blog é sobre isso: vida real, com todos os seus altos e baixos.
Se Você Também Está no Olho do Furacão…
Essa é a minha mensagem para você:
Respire.
Se permita pausar.
Não se culpe por sumir. Às vezes, o desaparecimento é o primeiro passo para o reencontro com a nossa força.
De Volta ao Diário de CEO
Aos poucos, o conteúdo volta. A rotina se reorganiza. Os textos vão ressurgindo.
E eu quero te levar comigo nessa retomada: com leveza, vulnerabilidade e verdade. Porque ser CEO da própria vida exige, antes de tudo, respeito com o próprio tempo.
Se você leu até aqui, meu abraço mais apertado.
Que possamos sempre lembrar: somos humanas antes de tudo.
Com carinho,
Thaís Cristina